Nesta série de retratos, Rafael G. Antunes propõe o rosto como definidor de um espaço de acção imagética e emotiva, que apela à contemplação do observador, propondo-lhe a sua própria construção narrativa, e, simultaneamente, convidando-o a dar uma interpretação psicológica a cada indivíduo representado. Penetrando numa manifestação cultural Portuguesa, cuja referência escrita conhecida mais antiga data de 1258, e que hoje (2019) é alvo de críticas e tentativas de extinção por parte de alguns Partidos Políticos e Organizações Defensoras dos direitos dos animais, convoca uma reflexão sobre a necessidade ou não de transmutações no Património Cultural Imaterial – neste caso concreto a Tourada à Portuguesa – alicerçado em memórias colectivas enraizadas ao longo de séculos.